quinta-feira, 29 de maio de 2008

Oitavo


Há corações sem nome. Rodam dentro do mundo e brilham muito alto. Trazem mensagens de longe, feitas de infinito. e deixam cair pétalas de luz no escuro da noite. Há pessoas-navios que flutuam em estrelas cadentes. Têm as mãos cheias de mistério. Há corações a tocar trompete na linha do horizonte. E mundos inteiros por navegar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sétimo

escondo-me dentro da noite. há pássaros cansados que dormem a sua esperança ao relento. e dizem alto palavras que não há. vejo magnólias passear no vento nocturno. há homens a remexer as entranhas do mundo. procuram o nome de todas as coisas. corro e levo o meu coração para longe. descubro caminhos feitos de uma alegria feliz. sorrio dentro. semeio flores no meu vestido. rego-as com água doce. sento-me na exaltação do mundo, à espera de ver, no meu colo, a primeira pétala nascer.