domingo, 8 de junho de 2008

Nono

Há um olhar de espanto em toda a parte. Não sei para que existem os dias. O meu destino pergunta-me para onde vou. Digo-lhe que não sei nada dessa palavra chamada futuro. Há abraços no mundo e, às vezes, isso devia bastar. Ouço o grito das ondas do mar. Afogam-se nessa sede exangue de repouso. Pela janela vejo o tempo cair. Nessa eterna esperança de o estancar. Eu caminho em direcção ao vento. um dia, hei-de lá chegar.